O simpático sedã se tornou um dos carros de maior sucesso de sua categoria, e mais, um dos mais carismáticos carros já produzidos no Brasil.
Desde seu lançamento, em 1981, o Voyage parece ter caído não só no gosto do brasileiro, como também da crítica por parte da mídia especializada, já que no ano de sua estréia, foi considerado pela Revista Autoesporte, o "Carro do Ano", feito que o Gol só alcançaria em seu 100 ano de vida.
O sedã foi o segundo carro a fazer parte da família de compactos BX. Alguns detalhes faziam dele um carro mais sofisticado que o Gol, a começar pelo motor. Ao invés do motor boxer 1.3 refrigerado a ar, o Voyage era dotado do mesmo propulsor que equipava o Passat, ou seja, um quatro cilindros em linha de 1.500 cm³ com arrefecimento líquido.
No Voyage, a estética da frente era diferenciada. Ao invés de embutidos no pára-choque, como no Gol, no seda os piscas eram dispostos junto aos faróis, que por sua vez, eram maiores.
Dois anos mais tarde, em 1983, a Volkswagem fez as primeiras mudanças no Voyage, que aliás, contribuiram para a consolidação do modelo junto ao consumidor. A montadora adotou um novo motor, mais resistente e com maior torque. Chamado de MD 270, o então novo quatro cilindros em linha tinha a capacidade cúbica maior, com 1.600 cm³, e um novo câmbio com quarta marcha mais longa para maior econômia de combustível, conhecido como 3+E. Neste ano também era oferecido uma versão 4 portas, que na época não foi bem aceita, sendo descontinuada três anos mais tarde.
Graças a agilidade e o aspecto jovial, o Voyage se firmava como um carro desejado tanto por jovens quanto por um público mais maduro.
A primeira versão especial de apelo esportivo do Voyage surgiu em 1984. Para festejar os Jogos Olímpicos realizados naquele ano na cidade americana de Los Angeles, o carro foi batizado com o nome de Los Angeles e recebeu uma chamativa pintura em azul metálico. Bancos anatômicos da marca Recaro, painel com conta-giros, rodas de liga-leve e um discreto aerofólio faziam parte do pacote de atrativos do modelo.
Dois anos depois, novos motores passarem a deixar o Voyage com respostas ainda melhores. Os famosos AP 1600 e AP 1800 se tornaram lenda pelo desempenho "apimentado" que ofereciam.
Em 1987, a família BX passa por uma grande reestilização, com ela a frente do Voyage ganhou um novo desenho, ficando 5 centímetros mais baixa em relação ao modelo anterior e com faróis e piscas sendo incorporados à grade. Os parachoques, antes em lâminas metálicas com polainas plásticas, passaram a ser envolventes, numa peça única confeccionada em plástico.
No ano seguinte, mais alterações. Dessa vez, a Volkswagen mudou por completo o interior de seu sedã. O painel que permanecia o mesmo desde o lançamento do modelo, passou a ser o mesmo da versão exportada para os Estados Unidos — onde era chamado de Fox —, como desenho mais moderno e botões dispostos próximo ao volante, o que lhe renderia o apelido de "painel satélite".Em 1991 sua frente foi novamente remodelada e, graças ao surgimento da Autolatina — união temporária entre a Volkswagen e a Ford — as versões 1.6 passaram a contar com motor AE 1600, derivado dos econômicos mas pouco potentes CHT da Ford, o que para muitos, representou um retrocesso. No ano seguinte a novidade era o catalisador, já em 1993 a carburação passava a ser eletrônica.
Com o fim das exportações do carismático sedã para os Estados Unidos, em 1992, o Voyage passou a ser importado da Argentina, onde era conhecido como Gacel e posteriormente como Senda, diferente dos outros países da América do Sul, cujo nome era Amazon.
Após mais de 14 anos em produção, o Voyage saiu de linha em 1995, ao contrário do restante da familia BX que seguiu para a segunda geração, conhecida como "bolinha".
Mas para alegria dos fãs do simpático sedãn, o Voyage voltou à cena em 2008 como a grande aposta da Volkswagem em retomar a liderança da categoria sedans compactos, que representa 15% do total de carros vendidos no Brasil e que foi perdida pela montadora em 2001.
Mesmo contando com o carisma e fama de seu nome, a tarefa não foi nada fácil para o novo Voyage, dada a grande concorrência neste segmento. Em sua chegada ao mercado, o sedan da Volkswagem teve como principais oponentes os Chevrolet Prisma e Corsa, Fiat Siena, Ford Fiesta, os Renault Clio e Logan e também o Peugeot 207 Passion.
Apesar de ver derivado do Gol, o novo Voyage tem linhas marcantes, dando ao modelo, identidade própria. Tudo por conta do porta-malas, que além de volumoso — com amplo espaço de 480 litros — ainda pode eventualmente pode ser ampliado com o rebatimento do banco traseiro, recurso esse que infelizmente é opcional.
Estéticamente a traseira é agradável, graças ao design sóbrio, cujos destaques ficam por conta da tampa com um discreto aerofólio e das grandes lanternas de formato trapezodal que invadem a lateral do carro.
No que se refere ao restante das linhas do novo sedan, elas são as mesmas do irmão Gol, com vinco que percorre toda lateral na altura da cintura do carro, frisos cromados e frente em cunha com faróis afilados junto às laterais.
Segundo executivos da montadora alemã, o Voyage foi desenvolvido simultaneamente com o Gol, permitindo que cada um dos modelos sofresse os acertos de carroceria necessários. Dessa forma, a Volkswagen acredita que a "reencarnação" de seu famoso sedã não pareça uma simples adaptação feita encima do Gol.
Como ocorria no antigo Voyage, a Volkswagen optou por dar ao novo sedan, basicamente o mesmo interior do Gol. Nele, o esforço da montadora em transmitir a sensação de esmero e qualidade é nítida, tudo para reverter à má fama atribuída às gerações anteriores do Gol, Parati e Saveiro. Isso pode ser notado sobre tudo na qualidade dos acabamentos internos e nos encaixes plásticos, que passarem a ser bem mais precisos.
No início das vendas, as versões mais sofisticadas tinham a tonalidade do plástico do painel — simples, mas bonito e legível — na cor marrom e o conta-giro como item de série, mesmo na versão de entrada.
Inicialmente o Voyage foi oferecido basicamente em três versões — batizadas de 1.0 e 1.6, Trend e Confortline — que viriam tempos mais tarde a contar com a opção de câmbio automático i-motion. Em todas elas o sedan conta com rodas aro 14, abertura elétrica do porta-malas e ajuste de altura do banco do motorista como itens de série, diferente do sistema de anti-travemento dos freios (ABS) e de air-bag duplo, vendidos como opcionais mas podendo ser adquiridos desde a versão básica.
As opções de motorização são apenas duas. Uma com 1 litro e bi-combustível, desenvolvendo 76 cv de potência máxima com álcool e 72 cv abastecido com gasolina, e outra como motor 1.6 capaz de render 104 cv com ácool e 101 cv com gasolina.
Apesar de aparentemente maior que o Gol, o novo Voyage pesa apenas 45 kg a mais que seu irmão hatch (989 kg x 944 kg), o que contribui para sua boa agilidade e também para as acelerações e respostas rápidas.
Do início do ano de 2011 até o mês de julho, 48.733 unidades do novo Voyage foram comercializadas, o que dá ao modelo a respeitável posição de 10ª colocação no ranking dos carros mais vendidos no Brasil. Uma clara prova que o famoso sedan da Volkswagem voltou para ficar.
Comprando um Voyage usado
Um projeto consolidado como o do Voyage e o longo período do modelo em produção, o tornaram um carro maduro, com praticamente todos os defeitos crônicos solucionados. Junto aos foruns de proprietrários do modelo ou menos sites de reclamação na internet, os problemas relatados não são regulares a ponto de serem considerados defeitos do modelo. Por isso, os cuidados que se deve ter ao adquirir um Voyage são genéricos, ou seja, deve se checar as condições mecânicas e estruturais, além, é claro, da documentação.
Recall
Recall 17/08/2009 - Voyage 1.0L, modelo 2009 e 2010 com numeração de chassi entre 9P 000001 e AP 004 729 e 9T 000001 a AT 009 587.
Foi constatado que, em condições de baixa temperatura, podem surgir dificuldades na hora de colocar o motor em funcionamento obrigando o usuário a repetidas tentativas. Esta condição pode gerar perda de sincronismo da queima da mistura ar/combustível causando a ruptura do coletor de admissão e, eventualmente, o surgimento de chamas no local. A solução oferecida pela montadora é a atualização do programa (software) de gerenciamento do sistema auxiliar de partida a frio.
Recall 24/11/2008
Voyage modelo 2009 com a numeração de chassi entre 9T000001 e 9T153085.Foi constatada a possibilidade de equívocos na montagem da lanterna traseira esquerda dos veículos equipados com faróis de neblina de série, nas quais a lente da luz de neblina é branca em vez de vermelha. Esta condição, com a luz de neblina traseira ligada, pode confundir os motoristas que trafegam atrás do veículo, causando a falsa impressão de que está sendo realizada uma manobra em marcha a ré e, eventualmente, causar acidentes. A solução oferecida pela Volkswagwn é aerificação e, se necessária, a troca da lanterna traseira.
Recall 15/12/2008
Voyage 1.0 l modelo 2009 com numeração do chassi entre 9T 000001 e 9T 185645. Foi constatado que, em condições de trânsito urbano em baixa velocidade, em que sejam necessários repetidos acionamentos do pedal de freio, pode ocorrer o seu endurecimento. Esta condição pode dificultar a parada do veículo e, eventualmente, causar acidentes. Segundo a montadora, a solução do problema será feita com a atualização da calibração da unidade de comando do motor. Para informações adicionais, consulte a Central de Relacionamento com Clientes pelo telefone 0800 019 5775.
Cadê a tabela das marés?
Foi emprestar o Carro para o Primo, é nisso que dá! kkk!
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MANUAL VOYAGE 83
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