Numa época em que os carros equipados com motores de 1 litro eram versões absolutamente despojadas dos modelos “normais” – sem tampa de porta-luvas, com partes metálicas internas aparentes (caso do Uno), sem difusores de ar internos laterais (Uno e Gol 1000) e vidros mais finos (Chevette Junior), o Chevrolet Corsa chegou para surpreender. Lançado em 1994, o Corsa Wind contava com motorização 1-litro, potência de 50 cv e injeção monoponto. Trazia um ótimo acabamento interno, com portas forradas de tecido, plásticos de boa qualidade, todos os difusores de ar em seus lugares, espelho retrovisor do lado direito, entre outros itens. Sem falar do design então bastante moderno, já que na Europa o Corsa era um modelo recente, lançado apenas um ano antes. Bons tempos aqueles...
O lançamento desse carro fez com que a própria concorrência reagisse com produtos de melhor qualidade, que passaram a ser apresentados já no ano seguinte (Gol 1.000i AB9 – o “Bolinha” –, Fiat Palio e outros). Poucos meses depois do 1.0, seria a vez do Corsa GL 1.4, de 60 cv e com vários itens de série, como desembaçador, limpador e lavador do vidro traseiro, conta-giros, banco traseiro bipartido com encostos de cabeça etc.
Para 1995 chega a versão GL 1.4 de quatro portas; em 1996 vem a picape, primeiramente com motor 1,6-litro monoponto, de 72 cv, e o Sedan (nas versões GL e GLS), ambos exclusivos para o Brasil. Nessa altura é apresentado um novo motor 1.6 8V com injeção multiponto; e o antigo 1.6, que durou pouco, deixa de ser produzido. Por sua vez o 1-litro também ganha injeção multiponto e sua potência sobe para 60 cv. E uma versão mais luxuosa do 1.0 é lançada, denominada Super, com carroceria hatch de duas e quatro portas.
O investimento na linha não pára e é apresentada a interessante versão GSi, equipada com motor de 1,6 litro 16V (4 válvulas por cilindro) com potência de 109 cv e kit aerodinâmico (ambos importados da Alemanha), além de rodas de liga-leve de aro 14, direção hidráulica, ar-condicionado etc. Teto solar e sistema de freios ABS eram oferecidos como opcionais. Em 1997 a GM lança o motor 1.6 16V nacionalizado, agora com potência de 102 cv para equipar o Sedan e a recém-lançada perua Corsa Wagon. O GSi sai de linha em 1997.
Para 1998 o Wind passa a ser oferecido com quatro portas e sedan. É criada a série especial Champ, em homenagem à Copa do Mundo. Para 1999 é apresentado o motor 1.0 16V de 68 cv, disponível para o hatch Super, Sedan e Wagon. O hatch é disponibilizado também na versão GLS.
No ano 2000 o carro passa pela primeira “cirurgia plástica” desde seu lançamento. Novos pára-choques, capô do motor, grade e lanternas traseiras, além de forrações e desenho do painel de instrumentos, fazem parte do pacote de mudanças. Em 2001 é lançada a versão Super, com motor de 1,6 litro; a série especial Millenium (1.0 8V) e o Wind com motor 1.6 8V. Em 2002 as versões GLS 1.6 16V da Wagon e do Sedan saem de linha.
A chegada da nova linha Corsa, em 2003, substitui quase todos os modelos – à exceção do Sedan, que sobrevive até hoje com o nome de Classic. Primeiramente esta versão era equipada com motor 1-litro de 60 cv, passando em seguida a contar com o 1.0 VHC, de 70 cv – além do 1,6-litro de 92 cv. Atualmente são dois os motores, ambos flexíveis em combustível (pode ser abastecitos com álcool, gasolina ou qualquer mistura dos dois): 1 litro VHC de 77/79 cv (gasolina e álcool, na ordem) e 1,8-litro de 112/113 cv.
Cuidados na compra
O Corsa não apresenta grandes defeitos crônicos, mas como todo veículo usado, exige vários cuidados na hora da compra. Os ruídos internos são uma constante, vindos das portas, painel e tampa traseira. A solução é calçar tudo com espuma adesiva, para minimizar o problema. A suspensão dianteira e a direção do Corsa também merecem bastante atenção. Geradoras de barulhos, as bandejas devem ter as buchas verificadas, assim como a caixa de direção. Nos modelos com direção hidráulica, com o tempo vai se tornando cada vez mais difícil esterçar o veículo, devido ao desgaste da caixa e à própria geometria da coluna de direção.
O descoloramento de algumas peças plásticas internas e dos pára-choques sem pintura é mais uma ocorrência comum nos Corsa. Nas unidades mais antigas, as canaletas dos vidros apresentavam desgaste acentuado, fazendo com que os vidros saíssem dos trilhos. No GSi, as peças do kit aerodinâmico já são difíceis de achar e as tampas inferiores, que vão nas saias laterais, caem com facilidade. Quando encontradas, são caras, assim como as demais partes do kit.
Algumas unidades apresentaram problemas de rompimento do suporte do cinto de segurança em acidentes, fruto de um defeito no trilho do banco. Verifique se no modelo que está sendo adquirido não há marcas de rachaduras na ancoragem desse suporte ao trilho do banco, o que pode provocar sérias conseqüências em caso de batidas. A GM realizou recall para substituir essa peça. Verifique no manual do proprietário se no modelo em questão há comprovante da participação no programa.
Mecanicamente, verifique se há ruídos ou vazamentos na bomba d`água, vazamentos de água pelos selos do motor – principalmente nas versões 1.6 – e ruídos no esticador da correia dentada. Aliás, a correia deve ser o primeiro item a ser verificado, para evitar surpresas. Por via das dúvidas, é melhor trocá-la. A válvula EGR é sensível à gasolina nacional, principalmente as de qualidade duvidosa. O sensor de temperatura, em carros mais rodados, também pode apresentar defeitos. Verifique ainda se o engate das marchas não está difícil, o que indica problemas no trambulador ou mesmo nos coxins de motor e câmbio. E nos modelos com ABS, a luz costuma acender sem que o sistema esteja com problemas.
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